Corpo menor ajudou insetos a fugir de pássaros predadores.
Maior inseto chegou a ter 70 centímetros há 300 milhões de anos.
Um novo estudo da Universidade da Califórnia sugere que a evolução dos pássaros foi determinante para o fim da era dos insetos gigantes na Terra. Segundo os cientistas, a época em que as aves começaram a estabelecer seu lugar nos céus é a mesma na qual os insetos grandalhões perderam espaço, há 150 milhões de anos. A pesquisa foi divulgada nesta semana na edição online da revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências.
Insetos gigantes viveram nos céus pré-históricos em uma época em que a atmosfera da Terra era rica em oxigênio. Pesquisas anteriores já tinham sugerido que o tamanho dos insetos tinha relação com altas concentrações de oxigênio – cerca de 30%, comparada aos atuais 21%, em média.
Há 300 milhões de anos, os insetos gigantes chegaram ao maior tamanho já documentado: 70 centímetros.
Mas à medida que os pássaros surgiram, os insetos se tornaram menores mesmo com o aumento de oxigênio na atmosfera, diz a pesquisa.
Fóssil de insetos gigantes pré-históricos (Foto: Wolfgang Zessin/UCSC/Divulgação)
A equipe da Clapham comparou o tamanho das asas de mais de 10.500 fósseis de insetos com níveis de oxigênio do planeta em centenas de milhares de anos.
O pesquisador enfatiza, no entanto, que o estudo focou as mudanças a partir dos maiores insetos já conhecidos.
“Em torno do final do período Jurássico e início do Cretáceo, cerca de 150 milhões de anos atrás, de repente o nível de oxigênio sobe, mas o tamanho do inseto diminui. E isso coincide de forma impressionante com a evolução dos pássaros”, diz Clapham.
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