quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Estação espacial internacional tem bactéria mortal a bordo

 ISS está com uma bactéria que pode causar a doença mortal difteria

De acordo com o Mirror, os astronautas que estão na estação espacial internacional foram avisados de que a ISS está infestada com germes e bactérias.
Análises das amostras de pó mostraram que a bactéria presente na estação pode causar irritações na pele. A descoberta por parte dos cientistas da NASA irá levar a um regime de limpeza mais rígido a bordo da estação espacial.
<p>A descoberta por parte dos cientistas da Nasa irá levar a um regime de limpeza mais rígido.</p>
© Fornecido por Notícias ao Minuto A descoberta por parte dos cientistas da Nasa irá levar a um regime de limpeza mais rígido.
Também dentro do ISS está uma bactéria que pode causar a doença mortal difteria. O teste só foi capaz de descobrir o gene da bactéria, não tendo sido capaz de especificar a que ‘família’ pertence.

Feto de equídeo de 48 milhões de anos é descoberto na Alemanha

Trata-se de feto de equídeo mais antigo com esse grau de preservação.
Animal pré-histórico é da mesma família do cavalo e da zebra.


Um esqueleto surpreendentemente bem preservado de uma fêmea de equídeo grávida que viveu há 48 milhões de anos foi descoberto no sítio fossilífero de Messel, na Alemanha. Dentro dela, havia um feto com quase todos os ossos presentes. Segundo os pesquisadores, trata-se do feto de equídeo mais antigo com esse grau de preservação de que se tem conhecimento.
Os animais são da espécie Eurohippus messelensis, da família Equidae, mesma do cavalo e da zebra, e foram encontrados em 2000. Nesta quarta-feira (7), cientistas descreveram uma extensa análise do feto de 12,5 cm feita com microscopia eletrônica em um artigo publicado na revista "PLOS ONE".
Esqueleto de fêmea de Eurohippus messelensis de 48 milhões de anos foi encontrado com feto bem preservado; área destacada indica posição do feto (Foto: Senckenberg Forschungsinstitut Frankfurt, Sven Tränkner)
Esqueleto de fêmea de Eurohippus messelensis de 48 milhões de anos foi encontrado com feto bem preservado; área destacada indica posição do feto (Foto: Senckenberg Forschungsinstitut Frankfurt, Sven Tränkner)

As observações mostraram que a fêmea provavelmente morreu em um estágio avançado da gravidez, de uma causa não-relacionada à gestação. Os cientistas observam que a preservação de tecidos moles, como a placenta e o ligamento largo do útero, revelam informações importantes, já que representam o mais antigo registro do sistema uterino de um mamífero placentário.
"A preservação excelente prova que o sistema uterino de mamíferos se desenvolveu no mais tardar durante o Paleoceno, mais provavelmente ainda durante a Era Mesozoica", diz o estudo.

Fóssil revela pequeno mamífero peludo de 125 milhões de anos

Fóssil de animal extinto foi encontrado com pele e pelos bem conservados. 
Mamífero descoberto na Espanha era do grupo Triconodonta.


Um fóssil descoberto na Espanha revelou um pequeno mamífero já extinto que viveu há 125 milhões de anos na região. Diferentemente de outros fósseis dessa idade, ele apresentava estruturas de pele, pelos e tecidos moles bem preservados. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (14) na revista "Nature".
Até o momento, esse grau de conservação só tinha sido visto em mamíferos que viveram mais de 60 milhões de anos depois do que o que foi identificado em Las Hoyas, no centro-leste da Espanha. "Havia condições muito especiais em Las Hoyas que permitiram que ele fosse tão bem preservado", disse Thomas Martin, professor de paleontologia da Universidade de Bonn, na Alemanha, e um dos autores do estudo.
 Fóssil de mamífero do período Cretáceo tinha esqueleto, pele e pelos bem preservados  (Foto: Reuters/Georg Oleschinski)
Fóssil de mamífero do período Cretáceo tinha esqueleto, pele e pelos bem preservados (Foto: Reuters/Georg Oleschinski)

A espécie, nomeada Spinolestes xenarthrosus, tinha o tamanho de um rato e características típicas de mamíferos, como pelos longos, orelha externa e uma variedade de estruturas de pele, como pequenos espinhos similares aos dos ouriços de hoje em dia.
"Essa espécie desapareceu há muito tempo, isso mostra que espinhos se desenvolveram separadamente em mamíferos em diversas ocasiões", disse Martin.
  Ilustração mostra como seria mamífero Spinolestes xenarthrosus, descoberto a partir de fóssil encontrado na Espanha  (Foto: Oscar Sanisidro/Divulgação)
Ilustração mostra como seria mamífero Spinolestes xenarthrosus, descoberto a partir de fóssil encontrado na Espanha (Foto: Oscar Sanisidro/Divulgação)

Os pesquisadores dizem que a descoberta acrescenta mais dados à compreensão da grande variedade de mamíferos que tinham se desenvolvido naquela época, 35 milhões de anos depois do aparecimento dos primeiros mamíferos.

Nova espécie de tartaruga gigante é identificada em Galápagos

Tartarugas que vivem do lado oriental de ilha pertencem a nova espécie.
Há poucas centenas de exemplares da espécie 'Chelonoidis donfaustoi'.


Um grupo de pesquisadores equatorianos e internacionais concluiu que uma das populações de tartarugas gigantes que moram na ilha Santa Cruz, no arquipélago de Galápagos, pertence a uma nova espécie - informou nesta quarta-feira (21) o ministério do Meio Ambiente.
"Historicamente considerava-se que as duas populações de tartarugas gigantes que moram na ilha Santa Cruz pertenciam à mesma espécie. Mas novos estudos genéticos determinaram (...) que as tartarugas que moram no lado oriental da ilha Santa Cruz, ao redor da área conhecida como como 'Cerro Fatal', correspondem a uma nova espécie, diferente das que moram na parte ocidental", informou um comunicado.
 Tartaruga de espécie recém-identificada 'Chelonoidis donfaustoi' é vista em Parque Nacional Galapagos nesta quarta-feira (21)  (Foto: HO/DPNG/AFP)

Tartaruga de espécie recém-identificada 'Chelonoidis donfaustoi' é vista em Parque Nacional Galapagos nesta quarta-feira (21) (Foto: HO/DPNG/AFP)

A pesquisa, liderada por Gisella Caccone, da universidade norte-americana de Yale, determinou que esta nova espécie "conta apenas com poucas centenas de exemplares" e foi batizadaChelonoidis donfaustoi, em homenagem a Fausto Llerena, cuidador do "Lonesome George" ("George Solitário", em português), último exemplar - morto há três anos - da espécie Chelonoidis abigdoni, que habitava outra ilha.
"Estimamos que existem 250 a 300 animais desta espécie", explicou à AFP o pesquisador equatoriano Washington Tapia, participante do estudo.

Existem apenas algumas centenas de exemplares da nova espécie de tartaruga descoberta nos Galápagos  (Foto: HO/DPNG/AFP)

Existem apenas algumas centenas de exemplares da nova espécie de tartaruga descoberta nos Galápagos (Foto: HO/DPNG/AFP)

Casco diferente
Segundo ele, os trabalhos foram iniciados em 2002, quando dois pesquisadores acreditaram que "por causa do formato do casco, estas tartarugas deveriam ser de uma espécie diferente".
"Então analisamos umas oito ou dez amostras genéticas. Em 2005, os primeiros resultados preliminares sugeriam que tratava-se de uma espécie diferente até que finalmente conseguimos determiná-lo. Elas se diferenciam pelo casco, mas a principal diferença é a nível genético", explicou. Com a descoberta, os especialistas estimam que em Galápagos existiam 15 espécies de tartarugas, das quais quatro foram extintas: Chelonoidis abigdoni (da ilha Pinta), Chelonoidis fhantastica (ilha Fernandina), Chelonoidis sp (ilha Santa Fe) e a Chelonoidis elephantopus (ilha Floreana).

A larva que come plástico e pode ter papel-chave em reciclagem

Pesquisadores descobriram que bicho-da-farinha transforma metade do isopor que consomem em dióxido de carbono.




Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 10% do plástico que se utiliza anualmente é reciclado. Agora, uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, acaba de apresentar um estudo que sugere uma solução, em um futuro próximo, para o grande problema da contaminação por plástico, substância que pode levar centenas de anos para se decompor. A chave está em uma pequena larva de besouro conhecida como bicho-da-farinha (Tenebrio molitor). Os pesquisadores descobriram que ela consegue se alimentar de isopor, ou poliestireno expandido, um plástico não biodegradável.
Os pesquisadores descobriram que esses insetos transformam metade do isopor que consomem em dióxido de carbono e a outra metade em excremento como fragmentos decompostos.
Insetos transformam 50% do plástico que consomem em dióxido de carbono  (Foto: Stanford University)
Insetos transformam 50% do plástico que consomem em dióxido de carbono (Foto: Stanford University)
Além disso, comprovaram que o consumo de plástico não afeta a saúde das larvas. Isso os transforma em uma potencial arma de reciclagem de resíduos plásticos. O segredo destas larvas está nas bactérias que elas têm em seus sistemas digestivos, com capacidade de decompor o plástico.
Segundo os autores do estudo - em que colaboraram especialistas chineses e cujos resultados foram publicados na revista "Environmental Science and Technology" - esta é a primeira vez em que se obtém provas detalhadas da degradação bacteriana de plástico no intestino de um animal. A compreensão exata de como as bactérias dentro das larvas da farinha fazem esta decomposição dá origem a uma nova maneira de tratar os resíduos plásticos.
 Foto de 2008 mostra detritos na Baía de Hanauma, no Havaí (Foto: AP Photo/NOAA Pacific Islands Fisheries Science Center)
Foto de 2008 mostra detritos na Baía de Hanauma, no Havaí: 10% do plástico produzido todo ano vai parar nos ceanos (Foto: AP Photo/NOAA Pacific Islands Fisheries Science Center)
'Enfoque inovador'
"É um enfoque muito inovador para enfrentar ao enorme problema que representa a contaminação do plástico", explica Anja Malawi Brandon, doutoranda da Universidade de Stanford que participou da pesquisa.

"É preciso pensar de forma inovadora sobre o que fazer com todo o plástico que acaba no meio ambiente. Esse estudo está mudando a percepção de como fazer a gestão de detritos plásticos", disse Brandon à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
"Foi demonstrado que o bicho-da-farinha é capaz de converter 50% do plástico que consome em CO2, o que é uma quantidade enorme."
Segundo Brandon, o grupo agora pesquisa outros tipos de plástico que podem ser decompostos pelas larvas.
"As bactérias em seus estômagos tornam possível essa degradação e poderiam ser capazes de degradar outros plásticos. Estamos estudando uma maneira de extrair essas bactérias e utilizá-las diretamente para tratar o plástico."
Brandon diz que os pesquisadores estão convencidos de que, na natureza, há outros insetos com uma habilidade similar à do bicho-da-farinha.
"Esperamos que este enfoque se converta em um futuro próximo em parte do sistema de manejo de resíduos plásticos."