Trata-se de feto de equídeo mais antigo com esse grau de preservação.
Animal pré-histórico é da mesma família do cavalo e da zebra.
Um esqueleto surpreendentemente bem preservado de uma fêmea de equídeo grávida que viveu há 48 milhões de anos foi descoberto no sítio fossilífero de Messel, na Alemanha. Dentro dela, havia um feto com quase todos os ossos presentes. Segundo os pesquisadores, trata-se do feto de equídeo mais antigo com esse grau de preservação de que se tem conhecimento.
Os animais são da espécie Eurohippus messelensis, da família Equidae, mesma do cavalo e da zebra, e foram encontrados em 2000. Nesta quarta-feira (7), cientistas descreveram uma extensa análise do feto de 12,5 cm feita com microscopia eletrônica em um artigo publicado na revista "PLOS ONE".
Esqueleto de fêmea de Eurohippus messelensis de 48 milhões de anos foi encontrado com feto bem preservado; área destacada indica posição do feto (Foto: Senckenberg Forschungsinstitut Frankfurt, Sven Tränkner)
As observações mostraram que a fêmea provavelmente morreu em um estágio avançado da gravidez, de uma causa não-relacionada à gestação. Os cientistas observam que a preservação de tecidos moles, como a placenta e o ligamento largo do útero, revelam informações importantes, já que representam o mais antigo registro do sistema uterino de um mamífero placentário.
"A preservação excelente prova que o sistema uterino de mamíferos se desenvolveu no mais tardar durante o Paleoceno, mais provavelmente ainda durante a Era Mesozoica", diz o estudo.
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