Coordenação da operação troca experiências com especialistas de outros países
Projeto Baleia Franca/Divulgação
A baleia franca encalhada em praia de Laguna, em Santa Catarina. Biólogos e veterinários brasileiros avaliam com a colaboração de especialistas internacionais a melhor solução para o mamífero
A coordenação da operação - feita em conjunto com a Polícia Militar Ambiental de Laguna (SC), Projeto Baleia Franca, Marinha, APA da Baleia França do Instituto Chico Mendes, Núcleo de Fauna do Ibama, entre outras instituições - se aconselha com especialistas de outros países a fim de ter certeza de que a decisão de uma nova injeção letal ou a espera pela morte natural da baleia franca seja o melhor encaminhamento no caso. Em nota divulgada neste domingo, Karina Groch, diretora de pesquisa do Projeto Baleira Franca, disse que a nova injeção ainda não está acertada.
- Estamos avaliando a possibilidade de um novo procedimento de eutanásia, desta vez com outros medicamentos e formas de aplicação. Entretanto, além da burocracia, esta situação envolve ferramentas especiais e um alto custo. Desde que tenhamos a certeza de que esta é a melhor decisão a ser tomada, nosso empenho de tempo e conhecimento será integral e estamos comprometidos a ir em busca de recursos que possibilitem abreviar esta situação.
O Projeto Baleia Franca explicou que durante três dias foram feitas tratativas para rebocar o animal de volta ao mar, até o laudo técnico da Marinha - divulgado na quinta-feira (9) - considerar o resgate extremamente arriscado, pois a operação poderia causar lesões irreversíveis no mamífero. O encalhe aconteceu por conta do período de ondulações grandes nas praias catarinenses - comum no inverno -, o que fez com que o corpo da baleia fosse cada vez mais empurrado em direção à praia.
O mamífero está em estado de choque desde quinta-feira pela manhã. As médicas veterinárias Kátia Groch e Cristiane Koslenikovas disseram que, de acordo com a literatura científica, as condições de saúde do animal pioram rapidamente em função do seu tamanho e da duração do encalhe, diminuindo as chances de sobrevivência. Apesar disso, sabe-se que baleias com mais de dez metros que encalham vivas tem maior resistência e podem levar mais de quatro dias até que ocorra a morte natural.
Voluntários das instituições que integram a coordenação da operação se revezam nos cuidados com o mamífero, mantendo a pele hidratada para evitar feridas em função do ressecamento.
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