Pesquisa analisou o metal de dentes encontrados em ossadas.
Resultados indicam cooperação entre machos do mesmo grupo.
A ideia de que os homens têm mais dificuldade para deixar a casa da mãe pode ser piada de feminista hoje em dia, mas tinha até algum fundamento entre os nossos antepassados. Um estudo americano divulgado nesta semana mostra que as fêmeas de um hominídeo ancestral do homem tinham o costume de abandonar suas comunidades natais para viver com outros grupos, enquanto machos quase nunca deixavam seus grupos de nascimento.
Ossada mais famosa de 'Australopithecus africanus' encontrado nas cavernas da África do Sul (Foto: Darryl de Ruiter/Nature)
Através de análises de um metal encontrado no esmalte do dente dos hominídeos, o grupo descobriu que as fêmeas (identificadas por serem de menor tamanho) tinham características diferentes do grupo onde estavam – o que significa que elas teriam vindo de outras áreas.
Imagem de um molar do 'Australopithecus africanus' usado no estudo (Foto: Darryl de Ruiter/Nature)
“O fato de que os machos ficavam ‘em casa’ pode indicar que essas primeiras comunidades de hominídeos cooperavam proximamente. Afinal de contas, os outros machos da comunidade seriam seus irmãos, tios, pais”, afirmou ela.
Segundo a cientista, a dispersão das fêmeas pode ser explicada pela formação de “casais” com machos de outros grupos. “É possível que quando as fêmeas deixaram seus grupos ela se juntaram a machos de outras comunidades”, disse Coleman.
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