Domínio da tecnologia pode levar à fusão nuclear, fonte de energia do Sol.
Em outro estudo, cientistas criaram primeiro laser de raio-X atômico.
Uma equipe internacional de cientistas publicou nesta quarta-feira (25) resultados inéditos obtidos por meio de experiências com um dos raios X mais poderosos do mundo. Nos laboratórios da Universidade Stanford, nos EUA, os cientistas conseguiram criar e examinar matéria a 2 milhões de graus Celsius. Os resultados foram publicados pela revista científica “Nature”.
O material é um plasma sólido chamado de “matéria densa e quente”, resultado do aquecimento de uma lâmina de alumínio. Isso foi feito com pulsos curtos de um tipo de raio laser com ondas muito curtas, bem mais brilhante que os raios X tradicionais. O processo durou menos de um trilionésimo de segundo.
Câmara usada para a obtenção de matéria a 2 milhões de graus Celsius (Foto: University of Oxford / Sam Vinko)
O domínio da tecnologia é importante porque pode nos levar a recriar o processo de fusão nuclear, que é a fonte de energia do Sol. No futuro, os cientistas acreditam que a fusão nuclear pode funcionar como uma fonte de eletricidade mais eficiente do que as disponíveis hoje.
Ilustração de como se forma o laser de raio-X (Foto:
Gregory M. Stewart / SLAC National Accelerator
Laboratory)
Gregory M. Stewart / SLAC National Accelerator
Laboratory)
Laser de raio-X atômico
Também nos laboratórios de Stanford, outro avanço importante foi registrado no campo dos raios X. Nesse outro estudo, também publicado pela “Nature”, cientistas criaram o laser de raio-X atômico.
Para chegar a esse laser, os pesquisadores partiram de pulsos de raios X poderosos – os mesmos usados na pesquisa de Vinko. Retirando elétrons dos átomos de neônio que geram o laser, eles criaram um efeito que amplificou a luz do laser em 200 milhões de vezes.
Os raios obtidos são os mais curtos e mais puros laser de raios X já feitos. Segundo os pesquisadores, a descoberta abre portas para um novo domínio das capacidades do raio-X.
“Nós conseguimos ver pesquisadores usando esse novo tipo de laser para todo tipo de coisas interessantes, como separar os detalhes de reações químicas ou observar a ação de moléculas biológicas”, afirmou Nina Rohringer, do Instituto Max Planck, em Hamburgo, na Alemanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário