quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Suíça desenvolve satélite 'faxineiro' para limpar detritos espaciais

Primeiro equipamento deve ser lançado em até 5 anos, dizem cientistas.
Nasa estima que existam cerca de 500 mil detritos orbitando a Terra.


Cientistas suíços afirmaram nesta quarta-feira (15) que planejam lançar em breve um "satélite zelador”, concebido especialmente para se livrar do lixo espacial, detritos que estão na órbita da Terra e que podem causar danos graves e onerosos para outros satélites e naves espaciais.
Ao custo de US$ 11 milhões, o projeto foi chamado de CleanSpace One e o protótipo de uma família de satélites deste tipo já está em construção no Centro Espacial Suíço, com o Instituto Federal Suíço de tecnologia, em Lausanne.
Seu lançamento está previsto para acontecer em até cinco anos e suas primeiras tarefas serão pegar dois satélites suíços que foram lançados em 2009 e 2010 e serão desativados.
Segundo a Nasa, existem mais de 500 mil peças de foguetes, satélites e outros detritos orbitando a Terra. Eles viajam a velocidades muito altas, o que é suficiente para destruir ou causar danos caros a outros satélites e naves espaciais. Colisões, por sua vez, geram mais fragmentos que flutuam no espaço.

Ilustração divulgada nesta quarta-feira pela Agência Espacial Suíça mostra o satélite CleanSpace One, que tentará limpar detritos espaciais (Foto: HO/T EPFL/Swiss Space Center/AP) 
Ilustração divulgada nesta quarta-feira pelo Centro Espacial Suíço mostra o satélite CleanSpace One, que tentará limpar detritos espaciais (Foto: HO/T EPFL/Swiss Space Center/AP)
 
Nova tecnologia
Os pesquisadores afirmam que construindo um satélite significaria desenvolver uma nova tecnologia para resolver três grandes problemas. A primeira barreira tem a ver com a trajetória, já que o satélite tem de ser capaz de ajustar o seu caminho para corresponder ao seu alvo.
Em seguida, o equipamento tem que estabilizar os detritos a altas velocidades. Os cientistas estudam a aderência de plantas e animais para que sejam capazes de fazer isso. E finalmente, um satélite da família CleanSpace terá de guiar os detritos de volta à atmosfera da Terra, onde o lixo queimará na reentrada.















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