'Lidar' mede a superfície com grande precisão para avaliar as falhas.
Com a técnica, fica mais fácil avaliar o perigo dos tremores, diz pesquisa.
Uma tecnologia a laser é a mais nova aliada dos cientistas na análise das consequências que um terremoto provoca na estrutura do solo.
O "Lidar" – sigla em inglês para “Detecção e Variação da Luz” – foi aplicado por uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (9) pela revista “Science”. Medindo os reflexos do solo com grande precisão, ele produz um mapa em 3D do que acontece com a superfície.
No estudo, a equipe de Michael Oskin, da Universidade da Califórnia, em Davis (EUA), usou a tecnologia para estudar um terremoto de magnitude 7,2 que atingiu o norte do Méxicoem 2010. Foi detectada uma ruptura com 120 km de comprimento, com várias falhas, na região da Baixa Califórnia, também no norte do México.
Os dados obtidos não permitem saber quando ocorrerá um terremoto. Segundo o pesquisador, a única forma de prever um terremoto é em termos de probabilidade. Contudo, a análise dos dados dá uma noção do estrago que os futuros tremores podem causar naquela região.
Falha provocada por terremoto, no México
(Foto: Science/AAAS)
(Foto: Science/AAAS)
“Isso fornece aos geocientistas uma ideia melhor de como as falhas serão relacionadas em terremotos futuros e, assim, poderemos avaliar melhor o perigo sísmico em probabilidade”.
A pesquisa liderada por ele comparou dados de antes e de depois do terremoto, mas a análise é possível mesmo se não houver dados anteriores disponíveis. “O mapeamento pós-tremor, sozinho, já é muito útil. Ele nos permite mapear a ruptura com muitos detalhes e a detectar pequenas dobras”, explicou.
“A comparação com os dados pré-terremoto foi um bônus. Essa comparação destacou qualquer deformação sutil da superfície do solo entre as falhas, dando a primeira imagem do que acontece perto de uma ruptura de um terremoto”, completou o geólogo.
Visualização
de um terremoto no norte do México, em 2011, com a tecnologia Lidar. As
imagens em azul mostram onde a terra afundou, enquanto as em vermelho
mostram onde ela ficou mais alta (Foto: Science/AAAS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário