Consumo de oxigênio é bem mais baixo que o dos seres vivos da superfície.
Para pesquisadores, micróbio usa o mínimo necessário para sobreviver.
Cientistas descobriram colônias de bactérias que sobrevivem debaixo da terra, no fundo do oceano, há 86 milhões de anos. Desde aquela época, quando os dinossauros ainda dominavam o planeta, esses micróbios não recebem alimentos. Eles gastam tão pouco oxigênio que mal podem ser classificados como seres vivos, segundo os autores do arquivo publicado pela revista “Science”.
A equipe liderada por Hans Roy, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, coletou amostras de argila e sedimentos que estavam 30 metros abaixo do fundo do Oceano Pacífico. Depois, mediram o volume de oxigênio presente dentro desse material.
Aparelho semelhante ao usado para a retirada dos
sedimentos do fundo do oceano (Foto: Science/
AAAS)
O teste feito em dois momentos diferentes deixou claro que as bactérias gastaram oxigênio, mas de forma extremamente lenta. Esses micróbios precisam da energia do oxigênio para manter o funcionamento do organismo.
Os autores acreditam que as bactérias estudadas estejam usando o mínimo de energia necessário para a sobrevivência, embora não tenham uma evidência específica disso. De toda forma, há indícios claros de que a colônia esteja viva e ativa.
O estudo concluiu que todo o conhecimento acumulado pelos cientistas em anos de pesquisas com micróbios que crescem rapidamente em laboratórios não se aplicam às colônias que vivem sob o mar – que representam cerca de 90% das bactérias.
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