Itaimbézinho, mais famoso, fica entre paredões de 720 metros de altura.
Parque foi criado em 1959 e possui área estimada de 10.250 hectares.
Os Aparados da Serra são as encostas verticais no Sul do Brasil. A região, conhecida pelos cânions, foi chamada assim por tropeiros porque as encostas parecem ser aparadas à faca. Nesta região, divisa entre o Sul de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, fica localizado o Parque Nacional Aparados da Serra Geral.

Cânions foram formados há cerca de 150 milhões de anos (Foto: Spry Video/Divulgação)
O local é uma unidade de conservação criada em 1959, com área estimada de 10.250 hectares. Em Santa Catarina, a entrada pode ser feita por duas trilhas: a do Boi e a do Malacara, que leva para dois cânions diferentes. O acesso é pela Rodovia SC-450, no município de Praia Grande.
A parte superior do planalto pertence ao estado do Rio Grande do Sul, enquanto os paredões e vales, a Santa Catarina. No lado catarinense, o relevo é acentuado, com montanhas e abismos que recortam a borda do planalto, interrompendo bruscamente o imenso e levemente ondulado platô gaúcho. Mas é do lado do Rio Grande do Sul que é possível ver os vales profundos de Santa Catarina. Uma área de mais de 30 mil hectares repleta de belezas e muita biodiversidade.

Cânions ficam no estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (Foto: Spry Video/Divulgação)
Os cânions foram formados há mais de 150 milhões de anos, com a ação de vulcões, do sol, da chuva e dos ventos. "Erosão, provocada por fissuras, rachaduras dessas grandes rochas, onde a água se infiltrou e começou a abrir essas fendas que hoje são os grandes cânions. Tanto que é um movimento ainda dinâmico", explicou o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Magno Severo.
"A geografia aqui é tão peculiar que a gente tem uma diferença grande de ecossistemas e climas. Inclusive aqui em cima a gente tem clima temperado, lá embaixo, a gente tem clima tropical. Gera uma diversidade biológica natural muito grande", afirmou Lúcio Santos, também analista do ICMBio.

Trilha do Rio do Boi tem 16 quilômetros de extensão (Foto: Spry Video/Divulgação)
Os recursos hídricos também são destaque na região. "Nós temos aqui uma grande concentração de nascentes de pelo menos três bacias hidrográficas. Mampituba, por exemplo. A gente tem a bacia do Taquari-antas, que drena para o Guaíba e a Lagoa dos Patos, vai sair no Rio Grande do Sul. E, ao Norte, nós temos a bacia do Araranguá", explicou Lúcio Santos.
O maior cânion e o mais famoso é o de Itaimbezinho, que em tupi-guarani quer dizer "pedra cortada". São paredões que chegam a mais de 700 metros de altura. Pela trilha do rio do boi é possível ter uma visão diferenciada do local. São 16 quilômetros e aproximadamente 10 horas de caminhada sobre o leito do rio. Segundo especialistas, o Itaimbezinho fica entre paredões de até 720 metros de altura.
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