Apelidado de 'galinha dos infernos', dinossauro pesava 225 quilos.
Espécie tinha a cabeça parecida com a de um frango e plumas.
Cientistas encontraram as partes do que chamam de "frango do inferno" ou "galinha dos infernos", um dinossauro de 225 quilogramas com garras afiadas que viveu na América do Norte há 66 milhões de anos, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira(19) pela "Public Library of Sciences" (PLoS).
"Era um animal de rapina gigante com a cabeça como a de um frango e, presumivelmente, plumas", afirmou Emma Schachner, da Universidade de Utah (EUA) e coautora de um novo estudo sobre o dinossauro. De acordo com ela, o animal, batizado de Anzu wiliei, alcançava um comprimento de até 3,35 metros e causaria espanto se alguém o encontrasse no meio do caminho.
Matt Lamanna, do Museu Carnegie de História Natural em Pittsburgh (Pensilvânia), disse que o nome "frango do inferno" surgiu de uma brincadeira, mas que, para ele, parece muito apropriado.
O nome científico combina a palavra "anzu", o gigante pássaro da mitologia da Suméria, com "wiliei" por conta de um menino chamado Wylie que é fã de dinossauros e é neto de um dos membros do conselho curador do Museu Carnegie.Reprodução do esqueleto do 'frango do inferno' está no Museu de História Natural de Carnegie (Foto: Carnegie Museum of Natural History/AP)
Os cientistas acharam três esqueletos parciais do dinossauro - que formam quase um esqueleto completo - durante uma escavação no nível superior da formação rochosa Hell Creek, em Dakota do Norte e Dakota do Sul. A área é conhecida pelos paleontólogos pela abundância de fósseis de outros dinossauros como o tiranossauro e o tricerátopo.
Hans Dieter Sues e Tyler Lyson, do Museu de História Natural do Instituto Smithsonian em Washington, que participaram do estudo, descrevem oAnzu wiliei como o maior ovirraptorossauro achado na América do Norte.
O termo significa, literalmente, um dinossauro que rouba ovos, e designa um grupo de dinossauros estreitamente vinculados com as aves. Esses dinossauros frequentemente tinham estranhas cristas na cabeça, parecidas à do casuar, uma ave típica da Nova Guiné e Austrália que não voa e está relacionada com a ema e o avestruz.
Concepção artística mostra dinossauro da espécie Anzu wyliei (Foto: Reuters/Bob Walters/Handout via Reuters)
O Anzu wiliei é, além disso, um dos ovirraptorosauros mais jovens conhecidos, ou seja, viveu muito perto do período de extinção dos grandes dinossauros. Os cientistas acreditam que ele tinha garras longas e afiadas, e era onívoro, e que, principalmente, comia vegetação, animais pequenos e os ovos de outros bichos.
Emma disse que os dois exemplares agora em exibição mostram sinais de patologia: um aparentemente teve uma costela fraturada e curada e o outro mostra uma forma de trauma em um dedo da pata traseira.
Tyler Lyson (esquerda) e Hans Sues, ambos do Instituto Smithsonian, mostram o crânio reconstruído do dinossauro Anzu wyliei (Foto: AP Photo/Smithsonian Institution, Brittany M. Hance)
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