Inundação planejada na Louisiana deve afetar 25 mil pessoas.
Objetivo é proteger as duas principais cidades do estado americano.
Engenheiros do Exército dos Estados Unidos abriram, neste sábado (14), um desaguadouro a fim de permitir que as águas do rio Mississippi alaguem milhares de casas e hectares de cultivo, mas com o intuito de proteger as duas maiores cidades do estado de Louisiana.Cerca de 25 mil pessoas precisaram deixar a região, horas antes da abertura das comportas da represa de Morganza, que deve ajudar a reduzir a pressão sobre as barragens que protegem as cidades de Baton Rouge e Nova Orleans.Cerca de 11 mil imóveis podem ser afetados com a medida.
As fortes chuvas das últimas semanas elevaram as águas do rio Mississippi para seu nível mais alto em quatro décadas.
Segundo as autoridades locais, se as comportas não fossem abertas, a cidade de Nova Orleans poderia ficar sob até 6 m de água.
Há cinco anos, a cidade foi atingida pelo furacão Katrina, que matou mais de 1.800 pessoas e deixou boa parte do local debaixo d'água.
Sean Gardner/Reuters
Com abertura de comportas, área rural de mais de 12 mil km² deve ser alagada
O grupo de engenheiros abriu um vertedouro de Morganza, uma série de comportas 72 km a noroeste de Baton Rouge, a capital e segunda maior cidade do estado.
A medida, tomada pela última vez em 1973, pretende canalizar a água para casas, fazendas, áreas selvagens e uma pequena refinaria de petróleo na bacia do rio Atchafalaya, mas evitaria inundações em Baton Rouge e Nova Orleans.
Cerca de 7.770 quilômetros quadrados de terra devem ser inundados por até seis metros de água durante várias semanas.
Na sexta-feira, o presidente da Comissão Rio Mississipi, general Michael Walsh, ordenou que a unidade do Exército abrisse as comportas quando a vazão chegasse a 1,5 milhão de metros cúbicos por segundo na região de Red River Landing, ao norte de Baton Rouge.
Na manhã de sexta-feira, de acordo com a última medição disponível, a vazão alcançou 1,45 milhão de metros cúbicos por segundo.
Trabalhadores montam rede de proteção temporária em frente a cassino em Vicksburg, Mississippi (Foto: Rogelio V. Solis/AP)
A não abertura das comportas poderia provocar riscos de inundações em Nova Orleans, que, de acordo com simulações feitas em computador, poderiam ser piores que as provocadas pelo furacão Katrina, em 2005, quando 80 por cento da cidade ficou inundada. Cerca de 1.500 pessoas morreram no desastre.
Além de ameaçar áreas densamente povoadas, a vazão do rio Mississippi poderia forçar o fechamento de pelo menos oito refinarias e de uma usina nuclear às margens do rio.
As refinarias respondem por 12 por cento da capacidade dos Estados Unidos de produzir gasolina e outros combustíveis.
Enchentes
As cheias do Mississippi já provocaram enchentes em várias cidades a montante do rio. A Louisiana, próxima à vazante, enfrenta as piores enchentes desde 1927.A abertura das comportas, que será feita aos poucos, deverá canalizar a água do Mississippi para a bacia do rio Atchafalaya, evitando o alagamento de cidades maiores.
As águas devem lentamente escoar até o Golfo do México ao longo de vários dias.
A maior parte da água deve alagar áreas pantanosas, igarapés e remansos de lagos, mas milhares de casas e fazendas na região também estão ameaçadas de alagamento. O governador Jindal avisou a população. - Minha mensagem para nosso povo é que não devem demorar. Levem seus pertences valiosos. Pensem para onde vão.
Moradores da cidade de Butte La Rose, que está no caminho da água desviada do Mississippi, disseram ter sido avisados para deixar suas casas e se preparar para uma longa ausência.
O governo americano afirmou que indenizará os fazendeiros que tiverem suas plantações destruídas pela cheia.
aqui no brasil morreriamos todos!!!
ResponderExcluirmas qual sera o impacto ambiental nesta area inundada?