Embarcação de 20 metros colidiu contra geleira em abril de 2012.
Mar Sem Fim será vendido como entulho, e peças devem ser doadas.
Terminou esta semana na Antártica a operação de resgate do navio brasileiro Mar sem Fim, que em abril do ano passado colidiu contra uma geleira, ficou preso e apresentou sinais de vazamento de óleo. O G1 registrou uma imagem do navio de 20 metros de comprimento após o fim do resgate, na base chilena instalada na Baía Fields, no Polo Sul. Operários retiraram água de dentro da embarcação, antes de ser feita a remoção para Punta Arenas, no Chile.
Mar sem Fim foi resgatado quase um ano após acidente; peças serão doadas (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
A Marinha do Brasil informou esta semana que o dono do navio, o jornalista brasileiro João Lara Mesquita, seguiu com uma equipe para a região na tentativa de ajudar os trabalhos de resgate e gravar um documentário sobre o assunto.
No ano passado, logo após o incidente, os quatro tripulantes do Mar sem Fim, que incluía Mesquita, foram retirados antes do acidente, visto que as condições meteorológicas adversas na área não permitiam a permanência deles.De acordo com o contra-almirante Marcos Silva Rodrigues, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, ligada ao Ministério da Defesa, a Marinha não participou do resgate, feito por uma empresa contratada pelo empresário – portanto, não teria sido usado dinheiro público para ajudar em um acidente cometido por uma entidade privada.
Rodrigues informou que foi dado apenas suporte logístico à equipe de Mesquita, como transporte e alimentação. Segundo o oficial, esses custos deverão ser reembolsados assim que possível. O contra-almirante não detalhou os valores gatos nem os prazos para ocorrer o ressarcimento.
Segundo Rodrigues, o apoio da Marinha foi necessário porque acidentes ocorridos na Antártica, mesmo os causados por particulares, são de responsabilidade do governo brasileiro, que pode sofrer sanções dentro do Tratado de Madri – acordo internacional para preservação do continente e exploração científica.
Alessandro Tarquis, membro da equipe de resgate do Mar sem Fim, diz que navio será vendido como
entulho (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
Segundo Francisco Airezea, gerente da empresa Nautilus, responsável pela operação de remoção do Mar Sem Fim, o navio foi retirado no dia 31 de janeiro da geleira localizada na Baía Fields, em frente à base chilena. Agora, a embarcação aguarda a chegada de um rebocador que a levará para Punta Arenas.
De acordo com Alessandro Tarquis, membro da equipe de Mesquita, o navio será vendido como entulho, e as peças em bom estado dentro dele serão doadas. A Marinha chilena informou que o Mar sem Fim estava avaliado em US$ 700 mil (R$ 1,38 milhão).
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