terça-feira, 22 de março de 2011

Mandíbula de tubarão pré-histórico em museu nos EUA irá a leilão

Peça está em exposição na cidade de Dallas.
Valor mínimo da oferta é de US$ 625 mil.

A mandíbula de um tubarão pré-histórico com quase 3 metros de altura e 3,3 metros de largura será leiloada no Heritage Auctions em Dallas, nos Estados Unidos, no próximo mês de junho. O valor mínimo a ser pago pela peça do Museu de Ciência e Natureza da cidade é de US$ 625 mil.
A arcada dentária do animal foi encontrada em um rio da Carolina do Sul. Conhecido como Megalodon, possui 182 dentes com quase 18 centímetros cada. Acredita-se que a espécie tenha vivido há 20 milhões de anos.
Carnívoros, tubarões precisam contar dentes sempre afiados para caçar. Muitas espécies possuem fileiras de dentes, que caem com a passagem do tempo e são substituídos por novos.

Tubarão Pré-Histórico Venda 1 (Foto: Rich Matthews / AP Photo) 
Pai mostra mandíbula do tubarão pré-histórico Megalodon à filha. Peça será vendida por, no mínimo, US$ 625 mil em junho (Foto: Rich Matthews / AP Photo)
 
Tubarão Pré-Histórico Venda 2 (Foto: Rich Matthews / AP Photo) 
Crianças observam a peça que está em exposição em museu de Dallas (Foto: Rich Matthews / AP Photo)

Pesquisa sugere que animais conseguem ir diretamente a locais de interesse a muitos quilômetros de distância.

Pesquisadores dos Estados Unidos dizem que algumas espécies de tubarão conseguem fazer "mapas mentais" que os ajudam a percorrer longas distâncias com precisão impressionante. "Eles sabem onde estão indo", disse o cientista Yannis Papastamatiou, do Museu de História Natural da Flórida, um dos autores do estudo publicado no "Journal of Animal Ecology".
Os pesquisadores rastrearam eletronicamente 32 tubarões de três espécies diferentes por um período variando entre sete e 72 horas. Eles concluíram que os tubarões-tigre e os tubarões-raposa seguiram caminhos pré-estabelecidos para locais específicos.
Já os tubarões gália preta nadaram distâncias muito mais curtas e de forma aparentemente aleatória.

Tubarão cientistas 1 (Foto: Albert Kok / via BBC) 
Trinta e dois tubarões de três espécies foram
rastreados no estudo (Foto: Albert Kok / via BBC)

Viajantes
Os tubarões-tigre foram os que demonstraram maior capacidade de se localizar. Uma pesquisa anterior, realizada no Havaí, já havia mostrado que animais desta espécie nadaram por canais profundos até locais ricos em alimentos a 50 quilômetros de distância. Segundo o novo estudo, o "movimento dirigido" mostra que aquele terreno é conhecido dos tubarões, já que eles têm interesse em preservar energia indo diretamente ao seu destino, onde podem encontrar comida, por exemplo.
Ainda não se sabe ao certo, no entanto, como funciona exatamente esse mecanismo. Os pesquisadores acreditam que os tubarões podem usar sinais das correntes oceânicas, temperatura da água e cheiros para se localizarem.
A navegação usando como base os campos magnéticos da Terra também seria uma possibilidade.
"Eles (os tubarões) precisam ter um sistema de navegação muito bom, porque as distâncias são muito longas. O tipo de sistema que eles usam ainda é questão para debate, mas o fato de que muitos desses percursos aconteceram à noite abre a possibilidade de que eles estejam se orientando a partir de campos magnéticos", disse Papastamatiou.
















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