terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mudança climática tem relação com evolução de animais pré-históricos

Fósseis podem ajudar a compreender como aquecimento nos influencia.
Estudo foi publicado pela revista científica 'PNAS'.



Apesar de ter entrado em evidência só nos últimos anos, a mudança global é um fator determinante para a natureza desde muito, muito tempo. Nos últimos 65 milhões de anos, pelo menos seis espécies diferentes tiveram sua sorte determinada por alterações na temperatura, segundo um estudo publicado na edição online desta segunda-feira (26) da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.
Desde que os dinossauros desapareceram, o domínio da Terra vem sendo revezado por diferentes grupos de mamíferos, que atingiram o auge e decaíram. Essas ondas consecutivas de diversidade de espécies de mamíferos são chamadas de “faunas evolucionárias”.



Os parentes do rinoceronte retratados na imagem
são os brontotérios, que viveram entre 56 milhões
e 34 milhões de anos (Foto: Carl Buell/Cortesia)

“Nós mostramos que a ascensão e queda dessas faunas estão, de fato, correlacionadas à mudança climática – aumento ou diminuição das paleotemperaturas globais – e também é influenciada por outras perturbações mais locais, como eventos migratórios”, diz Christine Janis, uma das autoras do estudo, em material divulgado pela Universidade Brown, em Providence, nos EUA, onde ela trabalha.
A pesquisa pode ajudar os cientistas a entender melhor a relação entre a evolução e a mudança climática, mas não ainda deve permitir previsões específicas para o futuro, com a perspectiva de aumento constante da temperatura, sob influência humana, segundo Janis.
“Tais perturbações, relacionadas à mudança climática antropogênica, estão atualmente desafiando a fauna de todo o mundo, enfatizando a importância do registro fóssil para a nossa compreensão de como os eventos do passado afetaram a história da diversificação e extinção da fauna e, portanto, de como as mudanças climáticas do futuro continuarão a influenciar a vida na Terra”, conclui o artigo.





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