segunda-feira, 21 de março de 2011

Dilma e Obama fecham acordo para lançar satélite em conjunto em 2012

Ministro do Desenvolvimento diz que objetivo é monitorar clima para evitar tragédias

O Brasil deverá lançar no ano que vem um satélite para monitorar as alterações climáticas em parceria com os Estados Unidos.  O lançamento será feito no ano que vem a partir da base de Alcântara, no Maranhão, embora esse prazo possa mudar.
A declaração foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, nesta segunda-feira (21) em encontro com empresários em São Paulo.
O convênio, segundo ele, foi negociado no encontro a portas fechadas entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente americano, Barack Obama, no último sábado (19) em Brasília.



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– O acordo ainda vai ser feito, mas houve uma sinalização do presidente Obama de que existe o interesse dos Estados Unidos em ajudar o Brasil. O interesse do Brasil é fazer um lançamento rápido de um satélite dentro de dois ou três anos no máximo. [Para mais detalhes,] vocês têm que perguntar para o ministro de Ciência e Tecnologia [Aloísio Mercadante].
O objetivo, segundo Pimentel, é fazer o monitoramento meteorológico para prevenir catástrofes como a que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro em janeiro deste ano.
De acordo com Pimentel, o Brasil forneceria o local de lançamento, enquanto a Nasa (Agência Espacial Americana) entraria com o veículo lançador de satélite – uma tecnologia que o Brasil ainda não domina.

– A nossa ideia é fazer o lançamento da base de Alcântara, já que é um satélite equatorial e estamos em uma região privilegiada. Até onde eu sei, o satélite não é tão complicado. O problema é o veículo lançador.




Roberto Stuckert Filho/PresidênciaRoberto Stuckert Filho/Presidência
Dilma e Obama brindam em almoço oferecido ao presidente dos EUA;
acordo prevê lançamento de satélite de monitoração de mudanças climáticas


Outros progressos
Além do acordo aeroespacial, a reunião entre Obama e Dilma rendeu outros bons frutos, embora não tenham impacto imediato. De acordo com o ministro, o principal avanço foi a criação de um canal de comunicação direto com um presidente americano – “algo que não tínhamos há muito tempo”, explicou Pimentel.
Na área energética, de acordo com o ministro, Dilma negociou a venda de petróleo processado do Pré-sal para os Estados Unidos, que temem um desabastecimento no curto e no médio prazos por causa das recentes rebeliões populares que ocorreram em países fornecedores, no Oriente Médio e no norte da África.

– Ao mesmo tempo, a presidenta tentou incluir a venda de etanol para os Estados Unidos.
Outros pontos ressaltados por Pimentel foram a criação de uma comissão permanente de consulta comercial, entre o MDIC (Ministério do Desenvolvimento) e o departamento de comércio dos Estados Unidos. O objetivo é evitar casos como o do algodão, diz Pimentel.



















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