Cinzas resultantes da erupção do vulcão Puyehue pararam de cair, mas ainda afetam cidade argentina
As cinzas vindas do vulcão Puyehue (Chile), que entrou em erupção no sábado, já pararam de cair, mas continuam afetando a cidade argentina de Bariloche (sul) neste domingo, provocando transtornos aos moradores e mantendo fechado o aeroporto local, informaram autoridades regionais."Uma leve garoa tem ajudado a evitar o voo das cinzas", disse neste domingo numa coletiva de imprensa em Bariloche, Marcelo Cascon.A nuvem de cinzas chegou a Bariloche ainda no sábado, e, segundo fontes locais, cobriu toda a cidade e zonas rurais próximas."Estamos tentando evitar a circulação de carros e pedimos que as pessoas permaneçam em suas casas com as portas e janelas fechadas para evitar a entrada das cinzas", disse o secretário de Comunicação de Bariloche, Carlos Hidalgo, ao canal de TV local, TN.Segundo Hidalgo, houve uma "forte queda de cinzas como se fosse uma nevada, que deixou a cidade toda cinza".
Foto: Reuters
Foto: AP Photo/Francisco Negroni, AgenciaUno
Vulcão entrou em erupção no fim de semana (Foto: BBC)
Região chilena está em alerta máximo (Foto: BBC)
Patagônia
A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue-Caulle avançou neste domingo para a Patagônia argentina, como as cidades da província de Chubut, Trelew e Puerto Madryn, na costa atlântica. As cidades argentinas estão a quase 900 quilômetros do complexo vulcânico e registram baixa visibilidade, segundo informa o site Infoglaciar, de Chubut.Foram cancelados doze voos do aeroporto Jorge Newberry, de Buenos Aires para a região patagônica. Entre eles, dois para Bariloche e um para Ushuaia, na província de Terra do Fogo - dois destinos muito visitados pelos brasileiros.
As autoridades chilenas decretaram alerta vermelho na região do vulcão, na localidade de Osorno, no sul do Chile e em frente a Bariloche. Na véspera, cerca de 3,5 mil pessoas foram retiradas da região onde fica o vulcão. A erupção, de acordo com as autoridades chilenas, foi acompanhada por "dezenas de tremores de terra" por hora.
Neste domingo, o subsecretário do Ministério do Interior, Rodrigo Ubilla, e o diretor nacional do Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol), Vicente Nunez, iniciaram discussões para retirar os moradores que permaneciam na região. Eles fizeram apelos para que os turistas deixassem o local.
Segundo o ministro de Mineração do Chile, Laurence Golborne, "a fumaça de gases vulcânicos tem uma altura de dez quilômetros e uma largura de cinco quilômetros".
Em 2008, outro vulcão chileno, Chaitén, também no sul do país, entrou em erupção, derramando igualmente cinzas na própria localidade e nas vizinhas províncias argentinas da Patagônia.
O Puyehue tem 2.240 metros de altura e fica na Cordilheira dos Andes. Sua última erupção ocorreu em 1960, ano em que aconteceu na região um terremoto de 9,5 graus Richter, o mais forte registrado até agora no mundo todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário